
Os personagens principais da trama: aprenda a criar protagonistas e antagonistas fortes para sua história e desenvolva personagens cativantes e memoráveis.
Protagonista e antagonista: os pilares da narrativa, os personagens principais, sem os quais não existiriam histórias cativantes
Rod Zandonadi
Escrever um livro é como uma jornada de aventura, cheia de descobertas, desafios e, claro, personagens memoráveis. Quando estamos criando uma narrativa, dois tipos de personagens ganham destaque e são essenciais para qualquer trama cativante: o protagonista e o antagonista. Eles são, de certa forma, os pilares que sustentam a história e dão vida ao enredo. Se você quer que sua história realmente envolva o leitor, é fundamental entender o papel de cada um desses personagens princiapais e como eles podem impactar a trama.
Neste artigo, vou compartilhar com você minha visão sobre como construir esses personagens e dar a eles um papel fundamental na construção de uma narrativa que vai prender a atenção de quem ler.
Quem é o Protagonista entre os personagens principais?
O protagonista é a estrela principal da sua história. Ele é aquele personagem que vai buscar alcançar o objetivo central da trama, e todos os eventos giram ao redor dele e de sua jornada. Desde o início da história, o protagonista já está em seu mundo comum, com suas preocupações diárias, sem saber que algo grande está prestes a acontecer.
Vamos pensar em um exemplo famoso: Harry Potter. Desde o início da história, Harry sente que algo não está certo em sua vida. Coisas estranhas acontecem com ele, mas ele nem imagina que está prestes a ser introduzido em um mundo mágico, onde ele é, na verdade, um bruxo. Esse despertar para o mundo de magia é o que vai transformar a vida de Harry e dar a ele um objetivo a ser alcançado.
O Papel do Protagonista – o principail dos personagens principais
Agora, o protagonista não é só alguém que segue passivamente a trama. Pelo contrário, ele é o motor da história. Ele é o personagem que toma decisões, sejam elas boas ou ruins, e que enfrenta conflitos que vão testar sua força, coragem e até seus valores. O protagonista precisa ser ativo, sempre tomando decisões que impactem a jornada e conduzam a história para frente.
Pense em Percy Jackson, por exemplo. Em “O Ladrão de Raios”, Percy é apresentado a um mundo de deuses e monstros. Quando ele aceita a missão de recuperar o raio de Zeus, ele não está apenas aceitando uma tarefa; ele está decidindo tomar as rédeas do seu destino. Cada passo de sua jornada é impulsionado por essa escolha.
O Objetivo Interno do Protagonista
Você sabia que, além do objetivo externo – aquele que é claro e visível, como “salvar o mundo” ou “recuperar algo importante” –, o protagonista também tem um objetivo interno? Esse objetivo interno é o que realmente guia o personagem ao longo da história, e é muitas vezes mais profundo e emocional.
No caso de Percy Jackson, o objetivo externo é claro: encontrar o raio de Zeus e impedir uma guerra entre os deuses. Mas o objetivo interno dele é salvar sua mãe, que foi sequestrada para o mundo inferior. Esse desejo pessoal de resgatar sua mãe é o que dá a Percy a força necessária para enfrentar os desafios, mesmo quando as chances são pequenas.
Dica Extra: Coloque Seu Personagem em uma Encruzilhada

Quer criar um momento realmente marcante na história do seu protagonista? Coloque-o em uma situação onde ele tenha que escolher entre duas opções extremamente importantes. Pergunte a si mesmo: “O que é a coisa mais importante para o meu personagem? E se ele tiver que abrir mão dessa coisa em favor de outra?” Essa escolha trará peso à narrativa, pois o leitor será desafiado a fazer essa mesma escolha.
Em “A Pirâmide Vermelha”, Sadie Kane se encontra em uma situação parecida: ela tem que escolher entre salvar o mundo ou salvar seu pai. Apesar de a decisão parecer óbvia à primeira vista, a verdade é que ela ama profundamente o pai, e isso traz um conflito emocional enorme para a personagem. O que faria você? Essa decisão de Sadie é um exemplo perfeito de como as escolhas difíceis podem definir um personagem.
O que é uma Força Antagonista entre os personagens principais?
Agora que falamos sobre o protagonista, vamos conversar sobre o outro grande pilar da história: o antagonista. Ao contrário do que muitos pensam, o antagonista não é necessariamente um vilão malvado, mas uma força que impede o protagonista de alcançar seu objetivo.
Em “Caçadores de Bruxas”, por exemplo, o antagonista não é uma pessoa específica, mas uma aliança de bruxas, piratas e ladrões que busca destruir o reino de Arzalum. A força antagonista é essa aliança, que coloca obstáculos no caminho dos heróis, dificultando a missão deles. Essa força pode ser algo físico, como um vilão ou exército, ou até algo mais abstrato, como uma ideia ou um sistema.
Quem Pode Representar a Força Antagonista?
O antagonista pode ser representado de várias formas, dependendo da sua história. Pode ser um império, como o Império Tsuruanni em “Mago – Mestre”, ou um preconceito social, como o que vemos em “Harry Potter”, onde a discriminação contra os “trouxas” e “mestiços” se torna uma força opressora.
No exemplo de “Mago – Mestre”, o antagonista é representado pela facção bélica do império Tsuruanni, que busca dominar o mundo e invadir outros territórios em busca de riquezas. Em “Harry Potter”, a força antagonista é a discriminação contra os bruxos não puros, representada principalmente pelo personagem Draco Malfoy e a mentalidade de sua casa, a Sonserina.
Vilão vs Antagonista: Qual a Diferença?

Muitas vezes, usamos os termos “vilão” e “antagonista” de forma intercambiável, mas eles têm significados diferentes. O vilão é a antítese do herói – ele quer ativamente destruir ou derrotar o protagonista. Ele está na história para criar conflitos diretos com o herói e geralmente tem intenções malignas.
Já o antagonista não é necessariamente maligno. Ele pode até ser um aliado que, por razões diferentes, se opõe ao herói. Em vez de se opor ao herói com o desejo de destruí-lo, o antagonista está simplesmente em um caminho diferente, com objetivos ou valores conflitantes. O antagonista é aquele que cria obstáculos, mas não precisa ser uma figura do mal.
Um exemplo clássico é Gollum em “O Senhor dos Anéis”. Embora Gollum deseje o anel como Frodo, ele não está apenas lutando contra o hobbit por maldade. Ele está preso ao poder do anel, o que faz com que ele e Frodo sigam caminhos opostos, apesar de terem um objetivo semelhante.
Personagens princiapais – Conclusão
Como você pode ver, tanto o protagonista quanto o antagonista desempenham papéis fundamentais em qualquer história. O protagonista é o motor da narrativa, aquele que toma decisões e busca alcançar um objetivo, enquanto o antagonista é a força que cria desafios e obstáculos. Entender bem o papel de cada um deles e como suas trajetórias se cruzam é a chave para criar uma história envolvente e impactante.
Se você está escrevendo sua própria história, pense nos seus personagens principais com cuidado. Quanto mais você os entender, mais forte será a sua narrativa. E se você gostou deste artigo e quer continuar aprendendo sobre o desenvolvimento de personagens, compartilhe com seus amigos escritores ou deixe um comentário. Quem sabe, você não ajuda alguém a criar a próxima grande história?
Vamos juntos, escrevendo histórias fantássticas que vão fazer os leitores não conseguirem largar o livro até a última página!